segunda-feira, 5 de julho de 2010

A Marselhesa - Hino Da França

Em abril de 1792, diante dos preparativos para a guerra contra a Áustria e a Prússia, Claude Joseph Rouget de Lisle, um oficial francês, compôs a "Canção de guerra para o exército do Reno". Originalmente, a canção tinha seis estrofes, mas alguém ( não se sabe se o abade Pessonneaux ou Louis Duboisais) acrescentou a ela mais uma estrofe.
Em agosto de 1792, quando os exércitos da Áustria e da Prússia invadiram a França e a Revolução corria perigo, tropas francesas provenientes de Marselha entraram em Paris cantando a canção e convocando o povo parisiense para a resistência contra os invasores: Aux armes, citoyens / Formes vous bataillons... (Às armas, cidadãos ? Formai vossos batalhões...).
A partir de então, o hino passou a ser conhecido como " A Marselhesa".
Em 1789, a "Marselhesa" foi declarada hino da França.


Partitura original



Ouça agora o hino:







- Allons enfants de la Patrie
Le jour de gloire est arrivé !
Contre nous de la tyrannie
L'étendard sanglant est levé
L'étendard sanglant est levé
Entendez-vous dans nos campagnes
Mugir ces féroces soldats?
Ils viennent jusque dans vos bras.
Égorger vos fils, vos compagnes!

- Aux armes citoyens
Formez vos bataillons
Marchons, marchons
Qu'un sang impur
Abreuve nos sillons

- Que veut cette horde d'esclaves
De traîtres, de rois conjurés?
Pour qui ces ignobles entraves
Ces fers dès longtemps préparés?
Français, pour nous, ah! quel outrage
Quels transports il doit exciter?
C'est nous qu'on ose méditer
De rendre à l'antique esclavage!

- Quoi ces cohortes étrangères!
Feraient la loi dans nos foyers!
Quoi! ces phalanges mercenaires
Terrasseraient nos fils guerriers!
Grand Dieu! par des mains enchaînées
Nos fronts sous le joug se ploieraient
De vils despotes deviendraient
Les maîtres des destinées.

- Tremblez, tyrans et vous perfides
L'opprobre de tous les partis
Tremblez! vos projets parricides
Vont enfin recevoir leurs prix!
Tout est soldat pour vous combattre
S'ils tombent, nos jeunes héros
La France en produit de nouveaux,
Contre vous tout prêts à se battre.

- Français, en guerriers magnanimes
Portez ou retenez vos coups!
Épargnez ces tristes victimes
À regret s'armant contre nous
Mais ces despotes sanguinaires
Mais ces complices de Bouillé
Tous ces tigres qui, sans pitié
Déchirent le sein de leur mère!

- Nous entrerons dans la carrière
Quand nos aînés n'y seront plus
Nous y trouverons leur poussière
Et la trace de leurs vertus
Bien moins jaloux de leur survivre
Que de partager leur cercueil
Nous aurons le sublime orgueil
De les venger ou de les suivre!

- Amour sacré de la Patrie
Conduis, soutiens nos bras vengeurs
Liberté, Liberté chérie
Combats avec tes défenseurs!
Sous nos drapeaux, que la victoire
Accoure à tes mâles accents
Que tes ennemis expirants
Voient ton triomphe et notre gloire!


TRADUÇÃO





- Avante, filhos da Pátria,
O dia da Glória chegou.
O estandarte ensangüentado da tirania
Contra nós se levanta.
Ouvis nos campos rugirem
Esses ferozes soldados?
Vêm eles até nós
Degolar nossos filhos, nossas mulheres.
Às armas cidadãos!
Formai vossos batalhões!
Marchemos, marchemos!
Nossa terra do sangue impuro se saciará!

- O que deseja essa horda de escravos
de traidores, de reis conjurados?
Para quem (são) esses ignóbeis entraves
Esses grilhões há muito tempo preparados? (bis)
Franceses! Para vocês, ah! Que ultraje!
Que élan deve ele suscitar!
Somos nós que se ousa criticar
Sobre voltar à antiga escravidão!

- Que! Essas multidões estrangeiras
Fariam a lei em nossos lares!
Que! As falanges mercenárias
Arrasariam nossos fiéis guerreiros (bis)
Grande Deus! Por mãos acorrentadas
Nossas frontes sob o jugo se curvariam
E déspotas vis tornar-se-iam
Mestres de nossos destinos!

- Estremeçam, tiranos! E vocês pérfidos,
Injúria de todos os partidos,
Tremei! Seus projetos parricidas
Vão enfim receber seu preço! (bis)
Somos todos soldados para combatê-los,
Se nossos jovens heróis caem,
A França outros produz
Contra vocês, totalmente prontos para combatê-los!

- Franceses, em guerreiros magnânimos,
Levem/ carreguem ou suspendam seus tiros!
Poupem essas tristes vítimas,
que contra vocês se armam a contragosto. (bis)
Mas esses déspotas sanguinários
Mas esses cúmplices de Bouillé,
Todos esses tigres que, sem piedade,
Rasgam o seio de suas mães!...

- Entraremos na batalha
Quando nossos antecessores não mais lá estarão.
Lá encontraremos suas marcas
E o traço de suas virtudes. (bis)
Bem menos ciumentos de suas sepulturas
Teremos o sublime orgulho
De vingá-los ou de segui-los.

- Amor Sagrado pela Pátria
Conduza, sustente nossos braços vingativos.
Liberdade, querida liberdade
Combata com teus defensores!
Sob nossas bandeiras, que a vitória
Chegue logo às tuas vozes viris!
Que teus inimigos agonizantes
Vejam teu triunfo e nossa glória.

Análise do quadro "A Liberdade Guiando o Povo", de Eugène Delacroix


A Liberdade Guiando o Povo (em francês: La Liberté guidant le peuple) é uma pintura de Eugène Delacroix em comemoração à Revolução de Julho de 1830, com a queda de Carlos X.
Segue abaixo uma análise dos elementos que compõem o quadro.


1: A Mulher:
A mulher com o corpo desnudo, carregando uma bandeira e um fuzil representa a liberdade, que guia o povo para seu ideal.

2: O Garoto:

O Garoto que avança empunhando duas pistolas representa a classe dos estudantes, que tiverem papel importante na revolução.



















3: O Homem Caído:


O homem caído no chao, olhando para a mulher, indicando que vale a pena lutar se o objetivo é tão belo.

4: Os dois Homems:
Os 2 homems à esquerda da imagem, representam as diversas classes sociais. Um homem bem vestido, empunhando uma arma representa um burgês, e logo atráz, um negro com uma espada representa a classe operária.

5: As tropas:
No fundo da imagem, à direita, pode-se ver as tropas do exército, rumando contra os manifestantes.


6: Os Cadáveres:
Aos pés dos manifestantes, vários cadáveres, indicando a vitória dos revolucionários. Nota-se que um deles é um soldado e outro um oficial.

Revolução Francesa



Hoje dia 5 de maio de 1789 o Rei abre a sessão dos Estados Gerais fazendo um discurso de advertência contra as pretensões políticas:
"Estamos aqui para tratar de problemas financeiros e não para tratar de política".

O descontentamento é geral. Entretanto, um movimento iniciado há alguns anos, por um grupo de intelectuais franceses, parecia ter a resposta. Esse movimento critica e questiona o regime absolutista. São os chamados iluministas, que acham que a única maneira possível da França se adiantar em relação à Inglaterra é passar o poder político para as mãos da nova classe, isto é, a burguesia (comerciantes, industriais, banqueiros).

“É preciso destituir a nobreza que, representada pelo Rei.”
A monarquia absoluta com as leis mercantilistas estão impedindo a venda de mercadorias livremente.

A monarquia absoluta é um obstáculo,em relação a modernização da França. Esse obstáculo precisa ser removido. A Revolução é o meio pelo qual acabariam com a monarquia absoluta.

A População Toma as Ruas da França

A situação social está grave e o nível de insatisfação popular é grande. A população Francesa está nas ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia hoje comandada pelo rei Luis XVI. O primeiro alvo dos revolucionários é a Bastilha. A Queda da Bastilha marcará o início do processo revolucionário, pois a prisão política é símbolo da monarquia francesa.

O lema dos revolucionários é "Liberté, Egalité, Fraternité" (Liberdade, Igualdade e Fraternidade). Este lema resume muito bem os desejos do terceiro estado francês.

O Assalto a Bastilha

A grande prisão do estado terminou sendo invadida em 14 de julho de 1789 porque um jornalista, Camille Desmoulins, até então desconhecido, arengou em frente ao Palais Royal e pelas ruas dizendo que as tropas reais estavam prestes a desencadear uma repressão sangrenta sobre o povo de Paris. Todos deviam socorrer-se das armas para defender-se. A multidão, num primeiro momento, dirigiu-se aos Inválidos, o antigo hospital onde concentravam um razoável arsenal. Ali, apropriou-se de três mil espingardas e de alguns canhões.

Correu o boato de que a pólvora porém se encontrava estocada num outro lugar, na fortaleza da Bastilha. Marcharam então para lá. A massa insurgente era composta de soldados desmobilizados, guardas, marceneiros, sapateiros, diaristas, escultores, operários, negociantes de vinhos, chapeleiros, alfaiates e outros artesãos, o povo de Paris enfim. A fortaleza, por sua vez, defendia-se com 32 guardas suíços e 82 "inválidos" de guerra, possuindo 15 canhões, dos quais apenas três em funcionamento.

Durante o assédio, o marquês de Launay, o governador da Bastilha, ainda tentou negociar. Os guardas, no entanto, descontrolaram-se, disparando na multidão. Indignado, o povo reunido na praça em frente partiu para o assalto e dali para o massacre. O tiroteio durou aproximadamente quatro horas. O número de mortos foi incerto. Calculam que somaram 98 populares e apenas um defensor da Bastilha.

Launay teve um fim trágico. Foi decapitado e a sua cabeça espetada na ponta de uma lança desfilou pelas ruas numa celebração macabra. Os presos, soltos, arrastaram-se para fora sob o aplauso comovido da multidão postada nos arredores da fortaleza devassada. Posteriormente a massa incendiou e destruiu a Bastilha, localizada no bairro Santo Antônio, um dos mais populares de Paris. O episódio, verdadeiramente espetacular, teve um efeito eletrizante. Não só na França mas onde a notícia chegou provocou um efeito imediato. Todos perceberam que alguma coisa espetacular havia ocorrido.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Captura da Família Real

"A família real é capturada enquato tentava fugir do país."




O que restava do prestígio de Luís XVI, de resto um homem afável e avesso aos gestos violentos, se desfez em razão de uma desastrada e desesperada tentativa de fuga, ocorrida em 20 de julho de 1791. Antes, o rei já havia passado por outras humilhações.Uma multidão de mulheres marchara de Paris até Versalhes. No dia seguinte elas invadiram o Palácio de Versalhes e obrigaram-no a voltar, ele e sua família, para o Palácio das Tulherias, em Paris, onde foi colocado sob vigilância popular. O monarca e os seus passaram a morar nas Tulherias, como se fossem prisioneiros de fato.

Na noite de 20 para 21 de junho de 1791, o rei Luís XVI tentou escapar da França, acompanhado pela sua esposa e seus quatro filhos e um grupo reduzido de cortesãos. Sua Majestade escapuliu do Palácio das Tulherias secretamente numa carruagem rumo à Bélgica. Preparada às pressas a tentativa malogrou em Varennes, na fronteira da Bélgica. Justo ali, depois de parar numa taverna, Luís XVI foi reconhecido, detido pela milícia local e recambiado para Paris.

Morre o Rei Luís XVI


A Execução de Luís XVI ocorreu no dia 21 de Janeiro de 1793, às 10h20, em Paris, sobre a Praça da Revolução.
A multidão que acompanhou a execução foi numerosa e dividia. Uma maioria opunha-se à execução, mas os homens armados e guardas nacionais estavam de prontidão.
Instantes antes da execução Luís XVI diz:
- "Povo, eu morro inocente !".
- "Senhores, sou inocente de tudo o que me culpam. Espero que meu sangue possa cimentar a felicidade dos Franceses."
Estas foram as últimas palavras de Luís XVI.

Entrevista: Maria Antonieta



Ela nega ter dito a frase "Se o povo está com fome e não tem pão, que coma brioche", e agora vai ter a oportunidade de esclarecer o assunto.
Confiram uma entrevista exclusiva com a Maria Antonieta, a mulher do Luís XVI, o Rei da França.




Blog: Magestade , você é mesmo autora da frase: "Se o povo está com fome e não tem pão, que coma brioche", e por que?
Resposta: Na verdade não. Essa frase foi dita um vez por uma camareira de meu palácio, que acabou sendo descoberta por inimigos que aproveitaram para usá-la contra mim na Revolução Francesa.

Blog: E o que o povo mais humilde achou desta história?
Resposta: O povo sempre vinha faminto ao palácio, geralmente em grupos, pedir pão. Quando ficaram sabendo dessa história, obviamente não acharam graça nenhuma. Tempos Difíceis aqueles.

Blog: O que você, no papel de Rainha tem feito para acabar com a fome de seu país?
Resposta: Tendo visto as pessoas nos tratarem tão bem, apesar de suas desgraças, estamos ainda mais obrigados a trabalhar pela felicidade deles.

Blog: Você quer deixar alguma mensagem ou esclarecer alguma coisa?
Resposta: Queria pedir sinceramente perdão a Deus por todas as faltas que eu cometi desde que nasci. Eu peço perdão a todos aqueles que conheço por ter feito algo que não gostaram. Pensem sempre em mim. Um abraço a todos de todo meu coração, tambem para minhas pobres e queridas crianças, Meu Deus! Obrigada pela oportunidade.

E agora vai para vocês o modo de preparar um brioche. Até a próxima.

BRIOCHE

INGREDIENTES:
1 kg de farinha de trigo
150 gr de açúcar
3 ovos inteiros
20 gr de sal
1 litro de leite
35 gr de fermento biológico
12 ovos
600 gr de manteiga

PREPARO:

- Misture bem todos os ingredientes, até formar uma massa homogênea. Deixe descansar por 20 minutos.
- Amasse novamente a massa por 5 minutos, divida a massa em pedaços (formando bolas), e deixe descansar outra vez por 20 minutos.
- Coloque as bolas em forma de empada. Puxe a massa em cima, formando uma bolinha (é assim a forma original).
- Deixe descansar mais uma vez, por 1 hora. Pincele com ovo e asse em forno pré-aquecido em 180º.

Déclaration des Droits de l'Homme et du Citoyen

Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão

A Assembléia Nacional Constituinte da França revolucionária aprovou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, sintetizando em dezessete artigos.
Pela primeira vez são proclamados as liberdades e os direitos fundamentais do Homem (ou do homem moderno,o homem segundo a burguesia) de forma ecumênica, visando abarcar toda a humanidade. Tal declaração poderá ser alterada com o tempo.








Alguns Artigos Presentes na Declaração:

Art.1.º Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum.

Art. 3.º O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na nação. Nenhum corpo, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane expressamente.

Art. 6.º A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o direito de concorrer, pessoalmente ou através de mandatários, para a sua formação. Ela deve ser a mesma para todos, seja para proteger, seja para punir. Todos os cidadãos são iguais a seus olhos e igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos, segundo a sua capacidade e sem outra distinção que não seja a das suas virtudes e dos seus talentos.
Art. 7.º Ninguém pode ser acusado, preso ou detido senão nos casos determinados pela lei e de acordo com as formas por esta prescritas. Os que solicitam, expedem, executam ou mandam executar ordens arbitrárias devem ser punidos; mas qualquer cidadão convocado ou detido em virtude da lei deve obedecer imediatamente, caso contrário torna-se culpado de resistência.

Art. 15.º A sociedade tem o direito de pedir contas a todo agente público pela sua administração.

Quem são os Jacobinos e Girondinos?

Os jacobinos são membros revolucionários, que receberam esse nome pois reuniam-se inicialmente no Convento de São Tiago dos dominicanos (do nome Tiago em latim: Jacobus e do francês Saint-Jacques). Defendem mudanças mais radicais que os girondiinos: são contrários à Monarquia e querem implantar uma República. Representam a pequena e média burguesia. Esse grupo é apoiado por um dos setores mais populares da França - os Sans-cullotes. Sentam-se à esquerda do salão de reuniões. E são conhecidos como o grupo da Montanha, pois ocupam a parte mais alta da Câmara. São liderados por Robespierre.


Robespierre

A Fase do Terror

Com a tomada do poder os jacobinos tomam as seguintes medidas:

- Tabelamento geral dos preços;

- Venda dos bens dos nobres emigrados;

- Aumento de impostos sobre a alta burguesia;

- Recrutamento geral dos cidadãos;

- Reforma agrária;

- Abolição da escravidão nas colônias;

- Ensino público gratuito;

Os jacobinos liderados por Robespierre tentam controlar os movimentos populares assassinando todos os contra revolucionários. Atitude contraditória a sua ideia de “liberdade, igualdade e fraternidade”

Ficando conhecida como a fase do terror. Robespierre golpeia seus companheiros que tinham uma posição mais próxima da direita moderada, como exemplo a execução de Danton. Que pedia o fim do “TERROR”

Com o término da ameaça de invasão estrangeira, os girondinos e o grupo da planície uniram-se contra o governo de Robespierre e ele acabou sendo guilhotinado junto com 21 de seus seguidores.


Guilhotina

O Diretório

Após a morte de Robespierre, a Convenção passa a ser controlada pelos representantes da alta burguesia que, por sua vez, elaboram uma nova Constituição que estabelece a continuidade do regime republicano, será controlado pelo Diretório, composto por cinco membros eleitos pelo Legislativo.

Mas o diretório tornou-se um período de governo conturbado, em função do desemprego, a falta de abastecimento das cidades e a corrupção. O Estado tenta conter o descontentamento popular e reafirmar o poder político da burguesia sobre o país, mas a situação continua preocupante.

O 18 Brumário

Durante o período de embate contra as tropas estrangeiras, o grande destaque foi o jovem general Napoleão Bonaparte. O jovem general, recém-chegado do Egito e com papel de destaque na campanha da Itália, é o homem escolhido pela burguesia para pôr fim à instabilidade política e derrubar o Diretório.

Apoiado pela burguesia e pelo exército, Napoleão deflagrou o Golpe do 18 Brumário, em 10 de novembro de 1799. Com esse golpe, foi consolidado o poder da burguesia.

Em defesa de seus interesses mais profundos, a burguesia sacrifica a liberdade política por uma "mão forte" que vai lhe garantir uma ordem econômica favorável. Encerra-se o período de maturação interna da revolução e inicia-se a fase de sua consolidação e expansão para o restante da Europa, por meio das baionetas dos exércitos de Napoleão.


Napoleão Bonaparte

Conclusão

A Revolução Francesa foi um importante marco na História Moderna da nossa civilização. Significou o fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou significativamente. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa e capitalista foram estabelecidas durante a revolução.

Dissolução do Parlamento

O parlamento que foi dissolvido pelo rei na semana passada acaba de ser novamente convocado para a satisfação do povo, da gentry e da burguesia que já estão inconformados com o autoritarismo da dinastia Suart sob o reinado de Carlos I.

O novo parlamento tomou medidas insatisfatórias ao rei que terá seu poder limitado. Tais mudanças como: deposição do primeiro-ministro, revogamento dos impostos que o rei decretou e estabelecimento de que apenas o Parlamento poderá se autodissolver fez com que aumentasse o desejo de mudanças radicais na sociedade desse século.

Guerra Civil


Estourou hoje a Guerra Civil chefiada pelo Parlamento com o apoio dos presbiterianos, os Yeomen, a burguesia mercantil e setores da gentry. Formação do New Model Army (composto por pequeno-burgueses, artesãos, seguidores de seitas puritanas e a promoção ao oficialato se fazia pelo mérito) chefiado por Oliver Cromwell.

O Fim da Guerra Civil

Depois de 6 anos de conflito a Guerra chegou ao fim com a vitória do Parlamento.
A vitória da Guerra Civil possibilitou ao chefe do exército parlamentar Oliver Cromwell instaurar sua república ditatorial denominada Protetorado. Cromwell está reprimindo os opositores dentro do exército (os levellers = niveladores e os diggers = cavadores), decretou os Atos de Navegação (produtos importados pela Inglaterra só podem ser transportados por navios britânicos ou pertencentes aos países produtores): consolidou o poder da marinha inglesa e permitiu à Inglaterra dominar os mercados mundiais;

Declaração do Ato de Navegação



A República Puritana foi liderada por Oliver Cromwell, que está agindo com autoridade, numa verdadeira ditadura.
As medidas que estão sendo tomadas servem apenas para atender os interesses da burguesia puritana.

Cromwell decretou, o Ato de Navegação, medida de caráter mercantilista, que determina que todo o transporte de mercadorias para a Inglaterra tem que ser feito somente por navios ingleses. Não tendo que gastar dinheiro com fretes.
Essa medida ajuda para que a Inglaterra se torne a maior potência marítima.

O Fim da Ditadura

Depois de dez anos no controle do governo da Inglaterra ocorreu o falecimento do ditador Oliver Cromwell. Seu filho Richard que seria o próximo governante acaba de ser deposto pelo exército, num golpe tramado pelo Parlamento. Opta-se pela restauração da dinastia Stuart;
Tenta-se a monarquia limitada com Carlos II, mas, Jaime II pretende restaurar o absolutismo e o catolicismo, e então a situação está chegando ao limite;

O Golpe do Parlamento

Foi projetado novamente pelo Parlamento um golpe contra o rei Jaime II e colocando no poder Guilherme de Orange (genro de Jaime II). Assim, a gentry e a burguesia assumem o poder, uma vez que pelo Bill of Rights (Declaração de direitos). Ex: julgamento através de júri, fim das penas cruéis e multas elevadas e limitação do poder real), de 1689, limita o poder monárquico na Inglaterra.